Jó 23
João F. Almeida Atualizada
1Então Jó respondeu:   

2Ainda hoje a minha queixa está em amargura; o peso da mão dele é maior do que o meu gemido.   

3Ah, se eu soubesse onde encontrá-lo, e pudesse chegar ao seu tribunal!   

4Exporia ante ele a minha causa, e encheria a minha boca de argumentos.   

5Saberia as palavras com que ele me respondesse, e entenderia o que me dissesse.   

6Acaso contenderia ele comigo segundo a grandeza do seu poder? Não; antes ele me daria ouvidos.   

7Ali o reto pleitearia com ele, e eu seria absolvido para sempre por meu Juiz.   

8Eis que vou adiante, mas não está ali; volto para trás, e não o percebo;   

9procuro-o à esquerda, onde ele opera, mas não o vejo; viro-me para a direita, e não o diviso.   

10Mas ele sabe o caminho por que eu ando; provando-me ele, sairei como o ouro.   

11Os meus pés se mantiveram nas suas pisadas; guardei o seu caminho, e não me desviei dele.   

12Nunca me apartei do preceito dos seus lábios, e escondi no meu peito as palavras da sua boca.   

13Mas ele está resolvido; quem então pode desviá-lo? E o que ele quiser, isso fará.   

14Pois cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas coisas como estas ainda tem consigo.   

15Por isso me perturbo diante dele; e quando considero, tenho medo dele.   

16Deus macerou o meu coração; o Todo-Poderoso me perturbou.   

17Pois não estou desfalecido por causa das trevas, nem porque a escuridão cobre o meu rosto.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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Job 22
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