Provérbios 8
João F. Almeida Atualizada
1Não clama porventura a sabedoria, e não faz o entendimento soar a sua voz?   

2No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se coloca.   

3Junto às portas, à entrada da cidade, e à entrada das portas está clamando:   

4A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.   

5Aprendei, ó simples, a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria.   

6Ouvi vós, porque profiro coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a eqüidade.   

7Porque a minha boca profere a verdade, os meus lábios abominam a impiedade.   

8Justas são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa.   

9Todas elas são retas para o que bem as entende, e justas para os que acham o conhecimento.   

10Aceitai antes a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido.   

11Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.   

12Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e possuo o conhecimento e a discrição.   

13O temor do Senhor é odiar o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, eu os odeio.   

14Meu é o conselho, e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza.   

15Por mim reinam os reis, e os príncipes decretam o que justo.   

16Por mim governam os príncipes e os nobres, sim, todos os juízes da terra.   

17Eu amo aos que me amam, e os que diligentemente me buscam me acharão.   

18Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.   

19Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e a minha renda melhor do que a prata escolhida.   

20Ando pelo caminho da retidão, no meio das veredas da justiça,   

21dotando de bens permanentes os que me amam, e enchendo os seus tesouros.   

22O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos.   

23Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes de existir a terra.   

24Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d`água.   

25Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci,   

26quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo.   

27Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo,   

28quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo,   

29quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra,   

30então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;   

31folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.   

32Agora, pois, filhos, ouvi-me; porque felizes são os que guardam os meus caminhos.   

33Ouvi a correção, e sede sábios; e não a rejeiteis.   

34Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas entradas, esperando junto às ombreiras da minha porta.   

35Porque o que me achar achará a vida, e alcançará o favor do Senhor.   

36Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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