Provérbios 23
João F. Almeida Atualizada
1Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti;   

2e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande apetite.   

3Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida enganadora.   

4Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria sabedoria:   

5Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voam para o céu.   

6Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares gostosos.   

7Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.   

8Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.   

9Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.   

10Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos órfãos,   

11porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra ti.   

12Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.   

13Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.   

14Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.   

15Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, ó, meu próprio;   

16e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.   

17Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do Senhor todo o dia.   

18Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua esperança.   

19Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.   

20Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.   

21Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.   

22Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando ela envelhecer.   

23Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina, e o entendimento.   

24Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.   

25Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à luz.   

26Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.   

27Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.   

28Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores.   

29Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos?   

30Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.   

31Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.   

32No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará.   

33Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.   

34o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro.   

35E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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