Lucas 15
João F. Almeida Atualizada
1Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.    2E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.   

3Então ele lhes propôs esta parábola:    4Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?    5E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;    6e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.    7Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.   

8Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?    9E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido.    10Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.   

11Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos.    12O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres.    13Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.    14E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades.    15Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.    16E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.    17Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!    18Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;    19já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.    20Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.    21Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.    22Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;    23trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos,    24porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.   

25Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças;    26e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.    27Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.    28Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele.    29Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos;    30vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.    31Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu;    32era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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