Provérbios 1
João F. Almeida Atualizada
1Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:   

2Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência;   

3para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade;   

4para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.   

5Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade,   

6para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas.   

7O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.   

8Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.   

9Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço.   

10Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não consintas.   

11Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue; espreitemos sem razão o inocente;   

12traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem à cova;   

13acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;   

14lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa;   

15filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda o teu pé,   

16porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue.   

17Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.   

18Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e as suas próprias vidas espreitam.   

19Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela tira a vida dos que a possuem.   

20A suprema sabedoria altissonantemente clama nas ruas; nas praças levanta a sua voz.   

21Do alto dos muros clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:   

22Até quando, ó estúpidos, amareis a estupidez? e até quando se deleitarão no escárnio os escarnecedores, e odiarão os insensatos o conhecimento?   

23Convertei-vos pela minha repreensão; eis que derramarei sobre vós o meu; espírito e vos farei saber as minhas palavras.   

24Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e nao houve quem desse atenção;   

25antes desprezastes todo o meu conselho, e não fizestes caso da minha repreensão;   

26também eu me rirei no dia da vossa calamidade; zombarei, quando sobrevier o vosso terror,   

27quando o terror vos sobrevier como tempestade, e a vossa calamidade passar como redemoinho, e quando vos sobrevierem aperto e angústia.   

28Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente me buscarão, mas não me acharão.   

29Porquanto aborreceram o conhecimento, e não preferiram o temor do Senhor;   

30não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão;   

31portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos.   

32Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá.   

33Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará tranqüilo, sem receio do mal.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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