Marcos 8
João F. Almeida Atualizada
1Naqueles dias, havendo de novo uma grande multidão, e não tendo o que comer, chamou Jesus os discípulos e disse-lhes:    2Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer.    3Se eu os mandar em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe.    4E seus discípulos lhe responderam: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?    5Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete.    6Logo mandou ao povo que se sentasse no chão; e tomando os sete pães e havendo dado graças, partiu-os e os entregava a seus discípulos para que os distribuíssem; e eles os distribuíram pela multidão.    7Tinham também alguns peixinhos, os quais ele abençoou, e mandou que estes também fossem distribuídos.    8Comeram, pois, e se fartaram; e dos pedaços que sobejavam levantaram sete alcofas.    9Ora, eram cerca de quatro mil homens. E Jesus os despediu.    10E, entrando logo no barco com seus discípulos, foi para as regiões de Dalmanuta.   

11Saíram os fariseus e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu, para o experimentarem.    12Ele, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não será dado sinal algum.    13E, deixando-os, tornou a embarcar e foi para o outro lado.   

14Ora, eles se esqueceram de levar pão, e no barco não tinham consigo senão um pão.    15E Jesus ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.    16Pelo que eles arrazoavam entre si porque não tinham pão.    17E Jesus, percebendo isso, disse-lhes: Por que arrazoais por não terdes pão? não compreendeis ainda, nem entendeis? tendes o vosso coração endurecido?    18Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais?    19Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Responderam-lhe: Doze.    20E quando parti os sete para os quatro mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? Responderam-lhe: Sete.    21E ele lhes disse: Não entendeis ainda?   

22Então chegaram a Betsaída. E trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.    23Jesus, pois, tomou o cego pela mão, e o levou para fora da aldeia; e cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?    24E, levantando ele os olhos, disse: Estou vendo os homens; porque como árvores os vejo andando.    25Então tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos; e ele, olhando atentamente, ficou restabelecido, pois já via nitidamente todas as coisas.    26Depois o mandou para casa, dizendo: Mas não entres na aldeia.   

27E saiu Jesus com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe, e no caminho interrogou os discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?    28Responderam-lhe eles: Uns dizem: João, o Batista; outros: Elias; e ainda outros: Algum dos profetas.    29Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.    30E ordenou-lhes Jesus que a ninguém dissessem aquilo a respeito dele.   

31Começou então a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, e que depois de três dias ressurgisse.    32E isso dizia abertamente. Ao que Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo.    33Mas ele, virando-se olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Para trás de mim, Satanás; porque não cuidas das coisas que são de Deus, mas sim das que são dos homens.   

34E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.    35Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á.    36Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?    37Ou que diria o homem em troca da sua vida?    38Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.   

João Ferreira de Almeida Atualizada

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